Pergunte ao Salum.

Durante a semana que passou, alguns torcedores enviaram perguntas ao Presidente Marcos Salum, pelas redes sociais, sobretudo no facebook do América. 

Acompanhando de perto esse "bate bola", seguem algumas perguntas e respostas garimpadas no facebook, desde já nossos sinceros agradecimentos a esta rede social, aos amigos torcedores que tiveram coragem de expor suas dúvidas e ao Salum que gentilmente respondeu às indagações.

O Lucas Campos perguntou ao presidente Marcus Salum sua avaliação a respeito do elenco do América. 

(LC) Você considera o time do América um grande elenco?

Marcus Salum: Cada dia que o América joga, pagamos R$ 30 mil de prejuízo. O valor engloba Independência, concentração e tudo. E o time é competitivo, tem jogadores de nome. Estão falando de contratação equivocada. Vão me desculpar. Se pudesse escolher os melhores jogadores do Brasil e pagar os melhores salários, teria trazido o Dagoberto, o Dedé, o Ricardo Goulart, o Josué e outros nomes de ponta. Mas eles ganham R$ 300 mil ou R$ 400 mil por mês. O América trouxe o Rodriguinho, que foi um dos melhores jogadores do Brasil. Recuperou o Marcos Rocha e o Carleto que estão jogando no Atlético e no São Paulo como titulares. O Amaral foi vendido para o Cruzeiro. O Kemps está jogando no Japão e o Bruno Meneghel foi jogar no exterior. Por que? Porque o América tem olho bom. Agora, quando sou obrigado a contratar dez ou 15 jogadores, vou errar cinco ou seis. E os cinco ou seis que erro, entro na cruz. Todos esquecem os que a gente acerta. Nós vamos acertar mais que errar, mas vamos errar também. O América sempre tem um time competitivo.

A pergunta de hoje respondida pelo presidente Marcus Salum é do Felipe Amore.

(FA) Salum, você considera o trabalho realizado até agora pelo Alexandre e pelo Jair um bom trabalho? Por que? Se sim, qual o motivo de 100% da torcida considerar o contrario?

Marcus Salum: Eu entendo que fazer uma ligação do momento que estamos vivendo no futebol ao trabalho que vem sendo feito é muito grave e perigoso. Avalio de forma bastante positiva a entrada dos dois. Mas, primeiro, é preciso entender que são trabalhos diferentes. O do Alexandre Faria e o do Jair Albano Félix. O Alexandre Faria é um profissional que está no mercado há muito tempo e tem vasta experiência. Sua função é muito mais abrangente que a do Jair. O Alexandre é o superintendente do clube. As ações do Alexandre estão voltadas para um projeto específico, que é o projeto de crescimento e reorganização do clube, envolvendo também o futebol. Por causa de resultados dentro de campo, parte dos torcedores pode avaliar o trabalho equivocadamente. Como todo trabalho, temos sucessos e insucessos. Erros e acertos. Mas o trabalho é de muita qualidade. O América tem crescido muito. Não se pode vincular o trabalho a resultados imediatos no futebol. Esse é o caso do Alexandre. Boa parte das ações estratégicas do clube estão calcadas no meu trabalho junto com ele. E é um trabalho duríssimo, dificílimo. De prospecção de recursos de patrocínio, de reorganização de patrimônio e de obras que estamos executando. São muitas coisas que foram feitas e que infelizmente a torcida desconhece. Eu diria que a entrada do Alexandre Faria no América e o que foi feito, que a torcida não sabe, porque está fora dos holofotes e que não aparece para todos, só fez o América crescer. O caso do Jair é diferente. Tínhamos um profissional no futebol, o Alexandre Mattos. Trabalhou comigo três anos e temos um ótimo relacionamento. Ele mesmo pediu para sair por que achou que não teria mais a mesma oportunidade no América, estava desgastado. Ele pediu indicação e nós indicamos para vários clubes. Ele foi para o Cruzeiro. Fizemos uma experiência com o Jair, que é filho de uma grande americano e um dos ídolos do América. Uma pessoa honestíssima, de altíssimo nível, competente. Veio para trabalhar diretamente ligado ao futebol. O Jair, ao contrário do Alexandre Faria, está fazendo a primeira experiência em clube de futebol. E ao adequarmos o perfil do Jair ao futebol vimos que era melhor que ele trabalhasse em outra área. Que era uma área de organização de futebol. Isso culminou com a chegada do Fabiano Pereira. Mas repito: a entrada dos dois no América foi bastante positiva.

A pergunta do torcedor Welker Morais (WM) sobre o time do América abrange os vários questionamentos feitos a respeito do atual elenco do clube. Ela é respondida abaixo: 

(WM) Quando teremos um time digno de ser chamado de time? Porque dessa maneira somos tachados de idiota. Só contratação equivocada. A diretoria não faz nada? Dessa maneira além de sermos eliminados do campeonato mineiro, que é uma vergonha, ainda cairemos para a terceira divisão o que tem a nos dizer sobre isso?

(Marcus Salum) A fala é cheia de paixão. E entendo perfeitamente o lado do torcedor. Mas precisamos pensar com a razão. Diria o seguinte: no América eu já fui campeão várias vezes. Talvez, na direção de futebol, tenha sido a pessoa que mais títulos conquistou. Tenho um conhecimento real da história do América. Voltei para o América em 2009. Em 2009, o América foi campeão brasileiro da Série C. Em 2010, o América subiu para a série A. Em 2011, fez uma Série A com muita qualidade, apesar de ter caído. Em 2012, foi para a final do Campeonato Mineiro. Então, até o meio de 2012, o América estava entre os quatro melhores da Série B. E o América ficou em oitavo lugar na Série B com vários problemas que tivemos. Como não tivemos um time digno? Um time que eliminou o Cruzeiro no Campeonato Mineiro. O time andou mal no tempo que fiquei fora. O América, de 2002 a 2008, só participou de uma semifinal de Campeonato Mineiro, em 2006. E assim mesmo com a ajuda do Caio, que é meu irmão. O América ficou fora das finais do Estadual em 2002, 2003, 2004, 2005, 2007 e 2008. E o América estava disputando Série C, Taça Minas Gerais. Então, achar que ter um time digno é ganhar tudo, infelizmente, não sou mágico. Ter um time digno é ter um time que enfrentou Corinthians, Vasco, Palmeiras, Santos com Neymar, e jogou de igual pra igual, ganhou, deu goleada, foi para final e ficou em oitavo lugar na Série B. Isso é ter um time digno. A diretoria faz tudo para dar as melhores condições para ter um time sempre digno. Pagando em dia, com estrutura, com uniforme, com material, com estádio, com tudo. Nós vamos ter sempre um time competitivo que vai ganhar e vai perder. Não classificamos para a semifinal do Mineiro deste ano. O técnico não deu certo e mudamos. Corrigimos o que estava errado. O maior problema do mundo é ir mal no Brasileiro. O ano em que o América subiu, no primeiro jogo, empatamos em 0 a 0 com o Bragantino. Recebi vários telefonemas, da torcida e de toda a diretoria, falando que o América não tinha nenhuma condição de continuar na Série B. E o América subiu. No braço, no esforço e no trabalho. Então, é assim que vai ser sempre. Quando a gente precisa de fazer um trabalho para o América é no esforço.

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