quinta-feira, 26 de abril de 2012

Jair (UNANIMIDADE) Bala...

Terça-feira, 25/04/2012. Conheci, abracei e me emocionei ao lado do meu (e de toda nação americana) Jair Bala. - Vendo-o assim tão de pertinho, tão generoso com as palavras, tão modesto quanto ao seu talento e o significado que sua pessoa traduz para toda a agremiação, neste momento especialmente bonito para o América, entendi o que é estar diante de um mito.

Tudo depende de quem está por trás da ação. E atras de um sem números de torcedores, diretoria, ex jogadores, atuais atletas e crianças da escolinha do Coelho, lá estará Ele.  - Ele que é pura poesia. Puro encantamento.

Jair Bala foi e é um eterno ídolo para mim, hoje um mito. Fez parte de minha história onde ouvia de meu pai seus feitos em campo... E vendo aqueles senhores ex jogadores que tanto serviram ao América e em especial um certo senhor de jeitinho simples, olhar mareado e sorriso de 40 anos atrás... Percebi que Ele escreveu poesia com seus pés. E escreveu uma poesia tão magnífica, que precisa ser poeta para também recitar seus dribles e passes, tem que se tornar simples, sincero, puro como os haikais que dedicam-se a espiritualidade..

Ser um mito está longe de ser um mestre. Porque está adiante dele. Muito adiante!

É justo que hoje, no Centenário seja ele o espelho que melhor representa nossos atletas do passado. Por seu caráter, sua dignidade como profissional e ser humano, como exemplo de gente que não se encontra mais. Gente que tem alma de luz, sorriso de criança e pés de dançarino...

Espero que suas conquistas, seus feitos, suas memórias virem logo um livro. Não só ele, mas todos os atletas que passaram e ajudaram a escrever essa Epopéia que nos transborda de alegria. Eles escreveram nossa história com tamanha nobreza que hoje nos vale o conceito de elite... E não é todo mundo que sequer tem a capacidade de entender este rítmo, esta música, entender que o futebol pode ser também poético, puro... Espero sinceramente, que a diretoria americana, aproveite a nossa "Velha Guarda" ainda presente conosco e publique suas façanhas enquanto vivos.

...Fiquei ali, na fila de trás da cadeira dele, olhando, admirando... procurando entender..

E o Jair Bala pode ser uma palavra de ânimo para o jovem atleta, o incentivo que falta ao garoto pobre que joga futebol descalço na rua e sonha em ser um jogador famoso... Uma pessoa tão simples, tão serena, com uma vida tão abrangente... 

O exemplo de um homem que se fez notável sem ser muito. Uma jornada que foi de uma vida inteira -  bonita como uma flor alva no jardim gramado - Única flor. Essencial.  E se o essencial é invisível aos olhos, lá estava eu olhando com os olhos do coração... Transbordando de ternura e gratidão.

Faltou dizer mais um detalhe, desses que tornam a vida da gente ter um sentido pra mais... uma alegria pra mais... É que eu acho que pra Ele (o Jair) o futebol era uma devoção. Uma oração que só dependia dele para acontecer... dele e da sua fé. Sem fanatismo, sem agressões em campo, sem menosprezar o adversário, era dele este sentido de beleza que fez a diferença, escreveu a sua arte e o tornou poesia.

Assim, dessa forma, do jeitinho que ele escreveu, o futebol foi e é menos violento que as  chamadas  seitas - estas sim, criam o fanatismo e transformam homens em covardes.

Obrigada Jair. Deus lhe dê muita vida e saúde.
Até a próxima pessoal!
Deus Salve o América.


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Um comentário:

  1. Belo texto!
    Que talento vc tem pra expressar o sentimento seu e que muitos gostariam de expressar!
    Parabens!
    Orgulho de ser Americano!
    Orgulho de ter em nossa torcida pessoas como vc!

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